O destino que vai transformar a sua jornada
Por que visitar Roraima?
Roraima é um destino único no Brasil, que combina paisagens ancestrais, uma vibrante cultura indígena e ecoturismo de tirar o fôlego. É o único estado totalmente localizado ao norte da Linha do Equador, onde o clima ameno da Serra do Tepequém contrasta com o calor da capital, Boa Vista — criando cenários diversos e vistas deslumbrantes. Com uma área de 223.644 km², Roraima é maior do que países como Belarus, mas possui baixa densidade populacional: pouco mais de 2 habitantes por km² — ideal para quem busca tranquilidade e natureza intocada.
Quase metade do território do estado é composto por terras indígenas, oferecendo experiências culturais ricas entre os povos Macuxi, Wapixana, Ingarikó e Yanomami. Essas terras sagradas ao redor dos tepuis convidam ao turismo sustentável, baseado no aprendizado e no respeito mútuo.
Principais atrações turísticas
Monte Roraima
Com cerca de 2.875 metros de altitude, o Monte Roraima é um tepui impressionante cuja imensa mesa abriga flora endêmica — algumas espécies são carnívoras — além de paisagens pseudocársticas e formações rochosas espetaculares, como o Vale dos Cristais. A trilha começa na comunidade de São Francisco e exige de 6 a 8 dias de caminhada por terrenos que lembram paisagens lunares e cruzam fronteiras nacionais, com pernoites sob as estrelas no topo da montanha. O Parque Nacional do Monte Roraima, criado em 1989, possui cerca de 116 mil hectares e é gerido conjuntamente pelo ICMBio, Funai e comunidades indígenas locais.

Serra do Tepequém
A apenas 210 km de Boa Vista, a Serra do Tepequém é o ecoturismo ao alcance de todos. Sua cadeia montanhosa, com 1.022 metros de altitude, oferece trilhas curtas que levam a cachoeiras deslumbrantes — como Paiva, Sobral, Funil e Barata — além de mirantes com vistas espetaculares. O nome, de inspiração indígena, significa “Deus do Fogo” e reflete o contraste agradável entre manhãs frias e tardes quentes. Os visitantes podem explorar feiras de artesanato em pedra-sabão e praticar atividades como rapel, mountain bike e escalada. A hospedagem na região inclui áreas de camping, pousadas rústicas, unidades do SESC e cabanas simples.
Lago Caracaranã
Localizado no município de Normandia, a cerca de duas horas de Boa Vista, esse lago de águas claras e praias de areia fina tem 5,8 km de circunferência e é cercado por cajueiros que oferecem sombra natural. Reaberto ao público em 2013 após a demarcação de terras indígenas, o acesso custa cerca de R$ 10 por dia e R$ 5 por pernoite, por pessoa. É perfeito para tomar sol, descansar em redes à beira da água ou acampar de forma simples, com serviços locais de alimentação e hospedagem disponíveis nas proximidades.

Parque Nacional do Viruá
Diferente de outras atrações, o Viruá é um mosaico de savanas, campinaranas, florestas de águas negras e planícies alagadas repletas de vida amazônica pouco explorada. Localizado próximo a Caracaraí, é ideal para observação de aves, pequenas trilhas na natureza, fotografia e visitas educativas.
Experiências Culturais Indígenas
Visitar comunidades indígenas envolve trocas significativas e respeito. Na região da Raposa Serra do Sol, é possível conhecer aldeias Macuxi e Ingarikó em locais como Pacaraima, Raposa I e Normandia, onde você pode aprender sobre artesanato tradicional, presenciar rituais e apoiar a economia local — elementos essenciais do etnoturismo responsável.
Outros destaques
• Monte Caburaí: ponto mais ao norte do Brasil — um tesouro geográfico pouco conhecido.
• Pinturas Rupestres de Pacaraima: sítio arqueológico com arte rupestre de 4.000 anos.
• Boa Vista: cidade planejada em forma de rosa dos ventos, vibrante em atividades culturais, mercados e culinária com influência venezuelana, como o pepito.
Dicas Práticas para Viajantes
Melhor época para visitar
Roraima tem clima tropical úmido, com chuvas intensas de abril a agosto. A estação seca, de dezembro a março, é ideal para acessar tepuis e cachoeiras com mais facilidade — embora áreas de maior altitude possam registrar temperaturas em torno de 10 °C.
Como chegar
• Aéreo: voos regulares para Boa Vista estão disponíveis.
• Rodoviário: a BR-174 liga Boa Vista a Manaus e à Venezuela; a BR-401 leva ao Lago Caracaranã.
• Monte Roraima: viaje até São Francisco (Uiramutã), hospede-se em pousada simples e inicie a trilha a partir dali.
Hospedagem
Boa Vista oferece uma variedade de hotéis e pousadas. Em Tepequém, há pousadas, campings, unidades do SESC e cabanas estilo chalé. Normandia recebe bem os visitantes do Lago Caracaranã. Para o Monte Roraima, o acampamento é essencial, com grupos de trekking fornecendo alimentação e equipamentos.
Alimentação e segurança
A culinária local inclui peixes como tambaqui e pirarucu, o prato indígena macuxi damurida (uma sopa encorpada), cuscuz e o pepito, de influência venezuelana. Restaurantes e mercados de Boa Vista atendem a diversos gostos. A taxa de criminalidade na capital é moderada (em torno de 24%), enquanto áreas indígenas são geralmente seguras. Recomenda-se cuidado com furtos e evitar viajar sozinho por regiões isoladas.
Precauções essenciais
Leve bastante água, protetor solar, repelente, botas resistentes para trilha e capa de chuva, especialmente para áreas de altitude. Contratar guias certificados é essencial para trilhas seguras. Siga as regras de conservação: leve seu lixo embora, evite fazer fogueiras onde for proibido e respeite as sinalizações nas áreas protegidas.
Roteiros Sugeridos
• 3 dias (ecoturismo leve):
Dia 1 – Trilhas e cachoeiras de Tepequém
Dia 2 – Relaxar no Lago Caracaranã
Dia 3 – Visitar feiras de artesanato e provar comidas típicas em Boa Vista
• 5 dias (com experiência cultural):
Dias 1–2 – Paisagens e cachoeiras de Tepequém
Dia 3 – Visita a comunidades indígenas em Normandia
Dia 4 – Lazer no Lago Caracaranã
Dia 5 – Retorno a Boa Vista para imersão cultural e apresentações
• 7 dias (com Monte Roraima):
Dias 1–2 – Viagem e aclimatação em São Francisco
Dias 3–6 – Trilha até o Monte Roraima com pernoite no platô
Dia 7 – Retorno a Boa Vista e descanso
Sustentabilidade e Turismo Responsável
O modelo de turismo de Roraima valoriza o empoderamento indígena e a preservação ambiental. Serviços de guias locais e agências de turismo promovem práticas de baixo impacto. O Parque Nacional do Monte Roraima é gerido de forma compartilhada por ICMBio e Funai. Em Tepequém, o apoio à cultura de artesãos e músicos fortalece a identidade comunitária.
Viajantes conscientes seguem as normas, investem na economia local por meio da compra de produtos indígenas e evitam trilhas não autorizadas ou mal regulamentadas.
Curiosidades Inspiradoras
• O Monte Roraima inspirou a montanha flutuante do filme de animação Up – Altas Aventuras.
• Boa Vista é a única capital brasileira localizada ao norte da Linha do Equador e foi planejada com layout em rosa dos ventos.
• “Roraima” significa “Montanha Verde” em macuxi; também pode ser interpretado como “Mãe dos Ventos” ou “Montanha do Caju”.
• Povos indígenas representam cerca de 10% da população, e muitos festivais regionais celebram as tradições Macuxi, Wapixana e Ingarikó.
Olhar para o Futuro: O Turismo em Roraima
Projetos de infraestrutura promissores estão em andamento, como a expansão da rede elétrica de Tucuruí e o desenvolvimento de rotas turísticas transfronteiriças ligando Brasil, Venezuela e Guiana. Iniciativas de ecoturismo científico também estão ganhando espaço, atraindo viajantes curiosos e conscientes, enquanto o turismo gastronômico cresce com inovações em receitas locais e eventos culturais em Boa Vista.
Reflexão Final: Roraima é Transformação
Visitar Roraima é encontrar a natureza selvagem, heranças ancestrais e maravilhas geológicas. É um convite para explorar o Brasil profundo, onde o silêncio das altitudes ecoa no coração. Quem sonha com aventura, cultura viva e paisagens inesquecíveis deve começar a planejar agora.
Você vai atender ao chamado? Comece a planejar sua viagem a Roraima — descubra um Brasil que poucos conhecem, mas que todos deveriam viver.






